D. Dinis foi essencialmente um rei administrador e não guerreiro: envolvendo-se em guerra com Castela em 1295, desistiu dela em troca das vilas de Serpa e Moura. Pelo Tratado de Alcanises (1297) firmou a Paz com Castela, definindo-se nesse tratado as fronteiras actuais entre os dois países ibéricos. Por este tratado previa-se também uma paz de 40 anos, amizade e defesa mútuas.
A cultura foi um dos seus interesses pessoais. D. Dinis não só apreciava literatura, como foi ele-próprio um poeta notabilíssimo e um dos maiores e mais fecundos trovadores do seu tempo. Aos nossos dias chegaram 137 cantigas da sua autoria, distribuídas por todos os géneros (73 cantigas de amor, 51 Cantigas de Amigo e 10 Cantigas de escárnio e maldizer), bem como a música original de 7 dessas cantigas (descobertas casualmente em 1990 pelo Prof. Harvey L. Sharrer, no Arquivo da Torre do Tombo, num pergaminho que servia de capa a um livro de registos notariais do século XVI, e que ficou conhecido como "Pergaminho de Sharrer"). Durante o seu reinado, Lisboa foi, pois, um dos centros Europeus de cultura. A Universidade de Coimbra foi fundada pelo seu decreto Magna Charta Priveligiorum no qual foram desde logo ensinadas as Artes, o Direito Civil, o Direito Canónico e a Medicina. Mandou traduzir importantes obras, tendo sido a sua Corte um dos maiores centros literários da Península Ibérica.
Tirado da "Wikipedia, a Inciclopédia livre".
Nota do Professor Rainer Sousa:
Durante o reinado de D. Dinis, a língua portuguesa alcançou o estatuto de língua oficial do Reino de Portugal. Todos os documentos passariam a escrever-se em português. Até aí, somente o Latin era usado nos documentos oficias, situaçao esta que mudou graças ao proceder de D. Dinis.
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